12 fevereiro, 2006

A mãe já em casa telefona primeiro à polícia. Mas, obviamente a polícia nada pode fazer por não se tratar de um caso de rapto. Gertrudes, sem se lembrar que se tinha identificado, alcunha o polícia com todos os adjectivos do mais ordinário possível. De seguida liga para os tios do Rafael para contar o que se tinha passado.

11 fevereiro, 2006

Horácio com a sua calma alienada habitual, disse
"Tem calma amor. Ele volta quando ele tiver fome volta."
Gertrudes começa a ficar vermelha e a tremer. Dá-lhe um murro no meio no nariz, que o deixa com lágrimas nos olhos, seguido de um pontapé no meio das pernas. Deixando Horário prostrado no chão cheio de dores.
O vermelho ia desaparecendo à medida que Gertrudes se dirigia para casa.

10 fevereiro, 2006

"Mas e então o sangue azul?" ainda sem saber o que se passa
"Sangue azul?" o pai ri-se mas desfaz de seguida o riso pois o filho não tinha achado piada nenhuma.
Passa a mão pelo queixo "Onde está Hert, a Mini e o caracol?"
"Ó filho, se calhar é melhor ires já para o hospital."
"Não posso." levanta-se da cama e sai para a rua a correr.

09 fevereiro, 2006

A mãe de repente olhou para Rafael e mudou de humor. Com um ar muito irado mas serenamente disse
"Ainda estás a dormir?"
Rafael indignado franze as sobrancelhas.
"A dormir?"
"Sim, já são horas de..." quando dá um pulo da cama e vê de novo a mãe e o pai ao lado dele no quarto dele.

08 fevereiro, 2006

“Sim, mas quem é que estava a dizer que eu estava a pensar que era um jantar de reis e rainhas?” conclui Rafael. “Mãe!” e acena.
Jika aproxima-se de Rafael e repete “E não te esqueças que aqui tens que a tratar pelo nome porque não há cá mães nem pais nem primas. Portanto Gertrudes.”
“Mas qual é o problema de tratar a minha mãe por mãe se ela é minha mãe?” diz Rafael todo irado.

07 fevereiro, 2006

"Mas… mas… eu não tenho tempo para isso. A informação é muita e tem de ser confirmada duas vezes e testada." gagueja Byron com medo da reacção de Hert.
Hert pára e olha para ele, como se o fosse fulminar com o olhar.
"Sim. Então vem também comer. Pois com comida nos estômagos pensa-se melhor."
E assim foram todos andando para o banquete.
"Byron, vai me falando por alto do que tu leste sobre os cristais-de-mudança."
A Mini ia com o Rafael quando avistou a mãe dele. Deu um toque ao Rafael.
"Sim, já a tinha visto."

06 fevereiro, 2006

"Finalmente alguém ouve as minhas preces, porra! Vamos lá investigar esses aparecimentos e o real potencial que os Mëurits e todos nós podemos tirar daí."
Todos se viraram para Rafael, agora que o cristal se tinha desenvolvido até à sua fase final. Era bem grande, quase ocupando todo o seu queixo.
Hert levanta os braços e diz muito certo.
"Todos os Mëurit que não tenham cristal saiam." esperou que todos saíssem "Aproxima-te, Rafael. Jika leva-o para a tua sala de testes. E Byron vai à procura dos outros e leva-os até Jika."
Jika e Byron já se iam embora quando Hert diz.

05 fevereiro, 2006

"Já sei quem é esse Rusha." disse confiante Hert "Ó Jika, não te lembras quando estávamos a delinear o plano de treinos deste ano, no bar do teu primo, quando salta, da mesa ao lado, um rapaz com rastas longas e salva uma rapariga que se tinha atirado de um edifício?"
Jika de olho abertos "Sim, lembro-me de só sentir um vento e depois o ver do outro lado da rua com a rapariga nos seus braços incrédula."
"É esse mesmo." afirmou Byron.

04 fevereiro, 2006

"E essa Rusha, quem é?" pergunta outro ancião.
"Rusha é o caso que ainda está por desvendar. Trata-se de um rapaz alto, com dois metros e meio de altura, com uns braços longos que quase arrastam no chão. Normalmente está sempre a dormir enroscado num tapilho, que mal dá para ele."
"E ele tem o cristal-da-mudança onde?" pergunta Hert.
"Supõe-se que sim. Os médicos-anciões dizem, se ele tem, encontra-se no centro do seu coração."

03 fevereiro, 2006

Hert afasta-se e reúne-se com os seus conselheiros.
Em voz baixa inquire-os:
"É meu engano ou só nós é que podemos dar o cristal-de-mudança? Algum de vocês lhe deu o cristal?"
Os conselheiros dizem que não com a cabeça, ao mesmo tempo que olham uns para os outros, tentando descobrir quem é que foi.
"O cristal-de-mudança não pode ter ido lá parar sozinho. Alguém foi."
"Hert" diz um dos conselheiros mais novos "Eu há pouco tempo estive a ler o livro Cor-de-Rosa e lá dizia que em casos raríssimos poderia aparecer o cristal-de-mudança."

02 fevereiro, 2006

E sentiu um beijo na testa, muito parecido ao que a mãe costumava dar.
Fecha os olhos por instantes e quando os abre repara pelo canto do olho que a Mini está a olhar de forma estranha para Rafael.
“Está… está… está… é azul, verde… azul… azul” Mini estava atrapalhada com o que via a nascer no queixo de Rafael.
“Que é que foi? Parece que está drogada. Tenho alguma coisa na testa é?” Lá do fundo, a voz de Hert “Sim, Rafael. Tens qualquer coisa.”

01 fevereiro, 2006

"Sim dormir." returque indignado "Dormir, descansar, olhar para a parte dentro das pálpebras. Não sabes o que é isso?" ele pára de repente e olha para a Mini "Cristais-de-mudança? O que é isso? Tens aí? Mostra-me!" diz Rafael muito stressado.
"Que foi? Não foste buscar os cristais como Hert mandou?"
Um som de algo a voar alimentou o ouvido de Rafael. Olhou em frente e já estava a apanhar com o pau de marmeleiro de Hert.
"Calou aí atrás! Ou tenho de atirar o pau?" disse ironicamente com um sorriso esboçado no rosto.